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Avatar de Inês

Gostei muito deste texto, porque me fez lembrar um detalhe da minha própria infância. Nunca andei no infantário/creche/pré-primária. Até aos 3 anos, enquanto a minha mãe trabalhava ficava com a minha avó e depois dos 3 anos passei a andar a reboque da minha mãe que era professora primária e como os tempos eram outros ninguem questionava o facto de uma criança estranha à turma estar ali mais. Isso fez com que eu sendo a primeira filha e primeira neta de uma família muito pequena, me tenha habituado desde cedo a ouvir conversas de adultos sem meter o bedelho e a saber coisas que crianças da minha idade não sabiam, fruto das aulas dadas pela minha mãe. Com 4 anos sabia quem tinha descoberto o caminho marítimo para a índia e quem tinha sido o primeiro rei de portugal. Com 5 anos aprendi a ler e quando foi altura de me matricular, entrei logo para a segunda classe. Oficialmente, eu só tenho 3 anos de ensino primário e para transitar para o quinto ano, tive de fazer um exame de conhecimentos.

Esta infância foi diferente de todas os amiguinhos que fui fazendo na escola e confesso que não raras vezes me senti uma criança estranha e solitária por esse percurso tão singular.

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Avatar de Adriana Cinza

A minha mãe teve-me aos 39 anos, sendo ela própria também filha mais nova. Cresci convivendo com tias, vizinhas e amigas da minha mãe a quem não faltava a experiência e sabedoria da idade. Aprendi muito com essas senhoras. Ainda hoje gosto de conversas com pessoas mais velhas. Além dos seus modos educados e genuínos, sinto conforto quando as ouço, pois vivem com a calma de quem quer apreciar os seus últimos dias com intenção, e as histórias que têm para contar nunca se esgotam.

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